sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Meu amigo Professor

Professor Beneilton Damasceno, me honra com este post do Blog do Bené, publicado em abril e só hoje que eu tomei conhecimento. Pra você ver como o correio anda arisco. Na verdade, é leseira minha mesmo, que nunca mais tinha visitado o blog do meu amigo. No retrato, intitulado Beneplácido, o erudito, fazendo pose de "tô nem aí!", estroi seu ordenado do jornal Página 20 adquirindo bugigangas em Vila Montevidéo, cidade da Bolívia, fronteira com a brasileira Plácido de Castro. Grande abraço Bené!


Meu amigo Braga


Direto da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, capital do Pan 2007, recebo notícias do cearense mais formidável do meu Brasil varonil. Francisco Braga, nascido "na capital de Fortaleza" (palavras do próprio), no chiquérrimo bairro da Aldeota, e um dos mais competentes chargistas da Amazônia Legal (e também da Ilegal), sem vê nem pra quê resolveu trocar o nosso "seringalvez" pelas delícias desse Sudeste de balas perdidas, com aquelas praias sem graça (argh! Odeio o mar!) e a cariocada chiando que nem panela de pressão. Mesmo assim, não esqueci o convite que você e dona Soraya me fizeram de visitar essa cidade horrorosa, desprovida de atrativos. Devo chegar por aí por esses meses, garanto. Apenas (e somente apenas) para cumprir a palavra, porque, como já falei, não sou de abandonar assim, sem mais nem menos, meu "garapé" São Francisco por qualquer praiazinha do Leblon, Copacabana...
Ah, Braga, antes que esqueca, aproveita e manda um pedaço da grama do Maracanã (vixe, não é para mim não, rapaz! É um amigo meu que faz coleção de capim famoso e ficou com vergonha de se identificar.) via Sedex, para chegar logo. Mas não envia antes do próximo dia 15. É que o "payday" (dia de pagamento) da empresa ainda promete demorar.

Abraços.
Bené

Tratamento de choque

A deputada Idalina Onofre (PPS do Acre) visitou os hospitais de Tarauacá e Feijó. Em Feijó, ela se deparou com uma incubadora que dá choque nas crianças. Leia mais

E a mãe do menino, já pra enlouquecer com as travessuras do moleque.

- Te aquieta, peste! Ô, saci-pererê, vai se deitar, criatura! Eu num agüento mais esse menino! Oí, ó! Não, meu Deus! Não sei mais o que é que eu faça!

E a madrinha ainda diz assim:

- É não, mulher! É porque o bichim nasceu de sete meses, por isso que ele é assim, com esses ói de fogo!

Ninguém disse pra mãe, nem pra comadre que a criança levou foi choque durante sessenta dias dentro da incubadora!

Olha que grandissíssimo...

Quem matou Taís?

A Princesa

Senadores do Caribe

Piratas do Planalto

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sobre vida


A expectativa média de vida na África é de 47 anos. Logo ninguém saberá como é mesmo o olhar de uma pessoa idosa.
Não vamos abandonar a África para a aids.

Visite AIDES

Transgênico

O Greenpeace costuma exagerar na linguagem quando divulga suas idéias, mas sua propaganda é de altíssima qualidade, geralmente trazendo uma mensagem assustadora. Mas que o filme é bacana, isso é.


"Ninguém conhece as reais conseqüências da manipulação genética."
"Não aos pesticidas e à engenharia genética nos alimentos!"

sábado, 25 de agosto de 2007

Vai escrever bem assim num livro!


O lado de fora

A roupa tem dois lados: o certo e o avesso.

O certo não é garantido: a roupa pode estar suja, manchada, faltando um botão, pode até ser feia. Está do lado certo, mas não quer dizer que esteja certa.

O avesso é mais simples. Mesmo limpo, engomado e perfeito, é o avesso, tá errado e pronto.

Por isso, quem tem roupa feia usa ao avesso. Ninguém nota que é feia. É tática comum na política, usada pela oposição, parece protesto. Quando se elege e vai usar a roupa de governo - claro, do lado certo -, todo mundo percebe a feiúra.

Daí muitos governos, aconselhados pelo pessoal do marketing, começaram a usar a roupa pelo avesso. As empresas também, claro, não iam deixar de ver um mercado promissor como esse. Os jovens usam, porque são jovens. Os velhos, pra ter uma aparência mais jovem. As mulheres, porque querem afirmar-se iguais aos homens. Os homens, porque querem conquistar as mulheres. E por aí vai.

Depois passaram a fabricar roupas com as costuras à mostra, dos dois lados.

Agora só vai ter o avesso.

Do escriba e desenhista Antônio Alves, o Toinho, do blog O Espírito da coisa

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Bom Jesus

O grande Ribinha

Povo muito bem humorado, o piauiense. É uma virtude surgida da dificuldade, do sofrimento, da necessidade de rir. Assim como os judeus são os maiores humoristas do planeta, os nordestinos, tirando a Bahia que canta, são os maiores do Brasil.

Certa vez caí na besteira de fazer piada com o atraso do Piauí e burramente, usando um piada velha, provavelmente inventada por um piauiense só pra pegar gente metida a besta como eu.

O Ribinha era um cabrinha assim, sabe, cabecinha chata, carinha de abestado, mas esperto que só camelô no meio de turista. Era locutor da rádio Cultura do Gurguéia.

O Vale do Gurguéia é muito rico de belezas naturais chega a lembrar a selva amazônica. Chove muito e também faz um calor do Piauí. Não falei calor do inferno porque dizem que o Piauí é muito mais quente.

O Ribinha brincava comigo a respeito da seca do Ceará. Com uma bola de sinuca na mão dizia: “Braga, olha! Isso aqui é que é cor verde, ta vendo? E todo mundo ria com o Ribinha e de mim, que ria também e esperava o momento de devolver.

Eu devia mesmo ter ficado calado, mas não teria essa história pra contar. O Ribinha continuou na “alugação”, que naquele tempo se chamava “pegando no pé”.

- Vocês sabiam que lá no Ceará não tem pano de sinuca verde? Tem de toda cor: encarnado, amarelo, roxo, mas verde não tem, não! Se o dono da sinuca botar pano verde, jumento pensa que é capim, vai lá e come a sinuca!

Bom, aí perdi a esportiva e o bom senso. Resolvi me defender na mesma moeda. Quem era Ribinha pra me desmoralizar, falar daquela maneira sobre a minha terra! Não, eu não podia mais permanecer calado.

- Ô, Ribinha, logo você falar mal do Ceará, que é nascido em um lugar cujo a única coisa que vai pra frente é o atraso. Tão atrasado que até pouco tempo a bandeira do Piauí era um couro véi de bode esticado num pedaço de bambu. É ou não é?

-Era. Você tem razão, amigo Braga. A bandeira do Piauí realmente era assim como você falou, mas tivemos que mudar pra uma de pano porque passou por aqui um cearense fugindo da seca e, morrendo de fome comeu o couro véi e levou o bambu, não sei pra fazer o quê.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Inocência 2

Inocência

Que é que tem a ver?

Só mesmo o Jornal O Rio Branco pra publicar estas duas chamadas totalmente destoantes no mesmo box cor-de-rosa, a não ser que a foto do rapaz segurando a cobra seja o elo de ligação.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Carta ao Juvenal

“Que tempos são esses: Nem o Juvenal tem paz!”

(Passante no calçadão da Gameleira ao ver que roubaram o livro da estátua)

Rio Branco, 21 de agosto de 2007.

Prezado Juvenal,

Já diz o povo: Agosto mês de desgosto! Pois quem nesta vida nasceu para rei, não vai se conformar com principado, não é mesmo?

Já não vivemos o tempo dos antigos bailes na Tentamen, do bilhar no Hotel Madri e do vai-e-vem dos nossos “batrícios” na Rua 17 de novembro, mas em compensação, vivemos dias de incerteza e de esquecimento...

Por que tudo isso? Ora, claro que você já sabe, senão lá vai: Roubaram teu livro! É. O de poemas, ali colocado para representar teu gosto pela leitura, tão necessário nos dias de hoje.

E não foi só isso: Atiraram com toda força possível um tijolo na tua cabeça, antes de levarem o livro, mas tens a cabeça dura nem sentistes. Em compensação sentimos nós, no nosso poeta de espírito “gavroche”, como bem conta teu parceiro de arruaças, Océlio. Sim ainda que alguns não se dêem conta, todos somos penalizados, explico:

O que faz alguém destruir um patrimônio coletivo, senão o desconhecimento de que também lhe pertence, isso é óbvio, mas o que a gente faz individualmente contra? NADA!

Sinceramente vejo todo mundo falando, mas poucas são as palavras pró-boa ação, o ato do roubo, da tijolada e do vandalismo acontecem, segundo a Christina*, em quase todas as estátuas de bronze que ela tem feito, mas o que a gente faz? A gente fala da atitude, mas não propõe algo para mudar isso, ficamos comentando o fato, mas o que mais?

Bem, eu decidi fazer algo, ah.... mas antes preciso te contar: roubaram o livro e quebraram o mármore, é fato. Imediatamente foi encomendado novo livro, colocaram outro mármore, te deram um banho e passaram cera incolor, ficaste brilhando, um luxo!

Na madrugada, hora que tu mais gostavas de andar pela rua, rindo e recitando poemas, aproveitaram e dessa vez roubaram o banco, é... o banco que permitia que alguém sentasse ao teu lado, ou que qualquer passante falasse contigo, dividisse um trago imaginário ou ficasse divagando.

Mentira? Quem dera... outra vez estás nas páginas dos jornais, nos blogs, nas rodas de conversa. Assim decidi de vez fazer algo, o que eu posso, dentro das minhas possibilidades: Todos os dias vou ao “Hotel Madri” onde trabalho. Ainda não tive a oportunidade de perguntar à dona Ida, “Mãezinha”, quem morava no “canto exato”, em que trabalho, mas tenho certeza que tu já andaste muito por lá.

O certo é que todos os dias vêm levas de alunos visitarem o prédio, acompanhados de suas professoras e seus cadernos, dos quais eles não tiram os olhos escrevendo compulsivamente, com se ao anotar pudessem aprender tudo.

Pois bem, a partir de hoje, cada vez que eu encontrar esses meninos, moças e crianças no prédio não perderei tempo e sem dó, nem piedade recitarei teus poemas e falarei de ti.

Contarei dos teus amores desvairados por Laura, das orgias que organizastes para as tuas “amigas” Esmeralda, Maria Cu-de-pau e tantas outras, só não direi do que não sei, apenas desconfio, prefiro que seja nosso segredo... deixa pra lá.

Acredito que desse jeito besta, da maneira mais simples, estarei colaborando para que os jovens conheçam as tuas poesias, que já não te pertencem, são patrimônio de cada um deles.

Espero colaborar para que não sejas só monumento e sim cada dia mais vivo e presente na nossa memória.

De resto te envio um beijo e aproveito para dizer que agora tens um segurança que zela pela tua integridade física, por que da moral é melhor nem falar.... Pra ver como são as coisas: Até hoje, passados tantos anos, ainda estás na “boca do povo”. Longa vida ao Juvenal!

Com carinho,

Karla.

*Christina Motta, é a escultora que fez a estátua e está providenciando o novo livro. Para ela, nosso abraço agradecido, meu e do Juvenal. Aproveito para convidar as pessoas para virem visitar o Juvenal, conhecê-lo, sentar com ele (o novo banco já foi providenciado) e aproveitar para escutar seus poemas, estarei às ordens.

Karla Martins, acreana, atriz e contadora de histórias.

Viva Juvenal!

Elogio da preguiça
Juvenal Antunes

Bendita sejas tu, Preguiça amada,
Que não consentes que eu me ocupe em nada!

Mas queiras tu, Preguiça, ou tu não queiras,
Hei de dizer, em versos, quatro asneiras.

Não permuto por toda a humana ciência
Esta minha honestíssima indolência.

Lá está, na Bíblia, esta doutrina sã:
-Não te importes com o dia de amanhã.

Para mim, já é grande sacrifício
Ter de engolir o bolo alimentício.

Ó sábios, dai à luz um novo invento:
A nutrição ser feita pelo vento!

Todo trabalho humano, em que se encerra?
Em, na paz, preparar a luta, a guerra!

Dos tratados, e leis, e ordenações,
Zomba a jurisprudência dos canhões!

Juristas, que queimais vossas pestanas,
Tudo que legislais dá em pantanas.

Plantas a terra, lavrador? Trabalhas
Para atiçar o fogo das batalhas!

Cresce o teu filho? É belo? É forte? É loiro?
- Mas uma rês votada ao matadouro!

Pois, se assim é, se os homens são chacais,
Se preferem a guerra à doce paz...

Que arda, depressa , a colossal fogueira
E morra assada, a humanidade inteira!

Não seria melhor que toda gente,
Em vez de trabalhar, fosse indolente?

Não seria melhor viver à sorte,
Se o fim de tudo é sempre o nada, a morte?

Queres riquezas, glórias e poder?
Para que, se amanhã tens de morrer?

Qual mais feliz? O mísero sendeiro,
Sob o chicote e as pragas do cocheiro...

Ou seus antepassados que, selvagens,
Viviam, livremente, nas pastagens?

Do Trabalho por serem tão amigas,
Não sei se são felizes as formigas!

Talvez o sejam mais, vivendo em larvas,
As preguiçosas, pálidas cigarras!

Ó Laura, tu te queixas que eu, farcista,
Ontem faltei, à hora da entrevista,

E, que ingrato, volúvel e traidor,
Troquei o teu amor - por outro amor.

Ou que, receando a fúria marital,
Não quis pular o muro do quintal.

Que me não faças mais essa injustiça,
Se ontem não fui te ver, foi por preguiça.

Mas, Juvenal, estás a trabalhar!
Larga a caneta e vai dormir, sonhar.

Cismas - 1908

Salvem Juvenal!

Montaram na estátua do poeta Juvenal Antunes, que fica ali em frente à Fundação de Cultura Elias Mansour, no Calçadão da Gameleira. Depois roubaram o livro de bronze que compunha o monumento e agora roubaram a cadeira do lado que também fazia parte da obra. Tudo isso tem acontecido num dos principais pontos turísticos de Rio Branco, o Centro Histórico Cultural da cidade. A polícia não tomou providências, o Ministério Público não se manifestou, a imprensa não divulgou. É, pra ti tá mal, Juvenal!

A cadeira do Juvenal

Rá-rá-rá!

Depois de toda a polêmica em torno da foto do jovem montado na estátua, publicada no Orkut, que o Altino copiou, que a família reclamou, que o MP processou, que o Altino protestou, que a blogosfera apoiou, agora roubaram a cadeira do monumento ao Poeta Juvenal Antunes, no Centro Histórico de Rio Branco-Acre. Ah, fala sério! É ou não é engraçado?

Parece com uma velha piada dos tempos de escola no Ceará. Vou contar. Adoro contar piada velha.

A professora ao chegar à sala de aula encontra um tolete de bosta em cima da mesa e escrito na lousa: "Isto é um trabalho do Cagão Desconhecido!"

Indignada, mas sem se deixar intimidar, a pedagoga sugere: - Eu vou apagar a luz e aguardar que o autor desta “proeza” se arrependa e venha aqui limpar o seu "trabalho", sem que ninguém descubra sua verdadeira identidade e sem que eu tenha que chamar o diretor da escola para apurar o ocorrido e assim descobrir quem é o tal desconhecido e dar-lhe a castigo que merece.

Pediu que fechassem as janelas, fechou a porta, apagou a luz e esperou. Na penumbra, alguém levantou, caminhou até a mesa. Barulho na mesa, som de apagador no quadro negro, giz. O misterioso vulto retorna a seu assento.

Muito bem! – Disse a mestra orgulhosa de sua missão – Assim é que se faz. Que isto não se repita nunca mais. Acende a lâmpada. Uma gargalhada geral.

Ao lado da primeira, outra ruma de bosta em cima da mesa e no quadro a frase:

“Cagão Desconhecido ataca novamente!”

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

ParaPan

Artigo de Narciso Mendes

"...todas as lideranças da Frente Popular do Acre, de mamando a caducando, se comportam igualmente."

O que acho do governo Binho?


*Narciso Mendes

Binho Marques e Jorge Viana são iguais em razão de suas diferenças e são diferentes em razão de suas naturais semelhanças.

Dei como resposta o cabeçalho acima, quando instado a responder a uma pergunta que me fora feita por uma expressiva figura do mundo político acreano. Como não tenho duas respostas para uma mesma pergunta, porém questionado num ambiente relativamente privado, portanto, adequado às costumeiras dissimulações, senti-me no dever de respondê-lo publicamente, o que faço agora e ao tempo em que, aproveito a mesma oportunidade, para também responder aos tantos quantos que gostariam de saber qual a avaliação que faço do governo Binho Marques.

Poderia até ter respondido que Binho e Jorge são complementares. Senão vejamos: nas três oportunidades que teve (prefeito de Rio Branco e duas vezes governador do Acre) Binho Marques sempre foi o mais destacado e prestigiado assessor de Jorge Viana, sempre ocupando a poderosa e destacada secretaria de educação. Isto jamais ocorreria, senão adrede planejado!

Paradoxalmente, o jeito Binho Marques, sobretudo sua discrição, cai perfeitamente bem no jeito vitrine de Jorge Viana. Binho gosta de trabalhar em silêncio e Jorge, fazendo barulho. Como silêncio e barulho, em política, também se complementam, cada um a contento, cumprem bem sua missão. Isto para o fortalecimento, honra e glória da FPA.

Mais a mais, a candidatura Binho Marques ao governo do Acre em 2006 nasceu no exato momento em que foi feita a escolha do seu nome para ser candidato a vice-governador em 2002. Só os tontos, quer os da oposição e alguns poucos da própria FPA, no devido tempo, não pressentiram o planejamento de médio e longo prazo que ali fora estabelecido. Ao fim dos seus oito anos de governo, Jorge Viana precisava deixar em seu lugar alguém que pudesse assegurar a continuidade do projeto de poder da FPA, diga-se de passagem, uma continuidade e não um continuísmo, porquanto a mesmice, e quem entende de política sabe disso, faz acelerar o envelhecimento de qualquer estrutura de poder. Na física este fenômeno é chamado de fadiga do material. Na política: de alternância de poder.

Diferente da oposição que tudo improvisa, na FPA tudo é planejado. Diferente da oposição onde impera a desordem, na FPA prevalece a ordem. Foi dentro dessa mesma lógica que se deu a eleição de Raimundo Angelim para prefeito de Rio Branco, outro que é diferente, mas que guarda as maiores semelhanças com o estilo Jorge Viana. Raimundo Angelin copia, e bem copiado, as virtudes de Jorge Viana, enquanto dos seus vícios procura ficar a léguas de distância. Não sem razão, por sua decência e competência - pessoal e política - apenas aguarda o calendário eleitoral para ser consagrado quando vier disputar sua reeleição. Quando o quesito é a lealdade, aí sim, todas as lideranças da FPA, de mamando a caducando, se comportam igualmente.

Em favor de sua longevidade no poder a FPA precisava de alguém como Binho Marques para governar o Acre na presente quadra, porquanto só dribla a mesmice o igual que souber se mostrar um tanto diferente. Mais a mais, há que se considerar um outro fator importantíssimo: como Tião Viana tem tudo para ser a bola de vez em 2010, Binho Marques cumpre o papel de descaracterização de um suposto vianismo instalado na política acreana. Tudo sem maiores problemas, pois se não for Tião o próprio Binho partiria para sua reeleição, ou em última análise, dar-se-ia o retorno triunfal do próprio Jorge Viana.

Quando escuto parvoices do tipo: “Jorge e Binho vão acabar brigando”, me dá pena e dó. Mais pena e mais dó chego a ter quando este tipo de análise é feita por alguém que se diz líder da oposição. Se é nessa briga que estão apostando, sinceramente, os 20 anos de poder da FPA já são favas contadas.

O velho, saudoso e experiente Ulisses Guimarães já dizia: “Brigas entre aliados precisam ser ensaiadas”. Binho, Jorge, Tião, Marina e Angelin, titulares do quinteto violado da FPA, entendem-se por música. Só tocam e cantam a mesma música quando esta lhes convém, quando não, cada um toca e canta a música que melhor agradar aos seus ouvidos.

Reafirmando minhas convicções antipetistas, mas quedando-me a realidade, sinto-me no dever de reconhecer que ainda, por muito tempo, serei governado pelos meus adversários, afinal de contas, brigas e estultices, aos montes, por incrível que possa parecer, facilmente encontramos entre as ruínas deixadas pelo arrivista Márcio Bittar.

A oposição que nas duas últimas eleições se fez representar por um usurpador ainda tem muito o que aprender, o que fazer e o que pagar para ser levada a sério. Não me perdôo de ter embarcado naquela canoa, sobretudo porque sabia que seu casco estava avariado.


*Dono do complexo de comunicação TV e jornal O Rio Branco e principal opositor da Frente Popular do Acre. Há dez anos, Narciso Mendes ficou conhecido nacionalmente como O Senhor X que, supostamente gravou conversa de parlamentares do Acre que teriam recebido 200 mil reais para votarem a favor da emenda constitucional que garantia a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Mais

domingo, 19 de agosto de 2007

A lei de Gerson

SÃO TODOS ANARQUISTAS

Nesses últimos dias andei tentando disfarçar meu tédio em relação a viver em Rio Branco nessas épocas de queimada, poeira, frio seco, rachadura nos lábios e garganta inflamada. Tudo como sempre – previsível. Sem esquecer a falta d’água que há tempos os prefeitos prometem resolver. Nisso, como em tantas outras coisas e detalhes, eles não têm diferença mesmo, como se diz no popular. De Mauri, Flaviano, J. Kalume, J. Viana, Isnard, Angelim e até o que eu, na minha inocência de Penélope, acreditava ser diferente: o Eduardo Farias.

Previsível mesmo é o Ministério Público Estadual (MPE), com a Defesa Civil da Prefeitura e o SETEM do(a) Forster/UFAC todo ano dizendo a mesma coisa sobre desmatamento e aquecimento global e blá, blá, blá. Aliás, do MPE, há muito esperamos outra postura, ou seja, nada de imprensa, nada de sensacionalismo, nada de vedetismos sobre queimadas. O negócio mesmo é tirar o IBAMA e o IMAC da letargia aguda que os atinge e colocar o “bloco na rua” não apenas para multar, mas prender e obrigar à prestação de serviços à comunidade – limpando ruas, esgotos e apagando incêndios – os grandes proprietários (a maioria com uma herança de grilagem) de terras e madeireiro(a)s que são os verdadeiros responsáveis por nossa desgraça nessa época do ano: o desmatamento e as queimadas. Não podemos esquecer do ex-governador, que agora é presidente de uma seita de empresários destruidores da floresta, bem a cara do que ele fez nos oito anos de mandato e das ervas daninhas que plantou e que estão por aí, brotando aos montes, pois coisa ruim se reproduz rápido, como diz minha avó.

Pois é, e pra amenizar o meu tédio ando lendo as crônicas do Taqui Pra Ti de autoria do velho amigo de guerra, Bessa Freire, que me inspiraram a escrever essas malfadadas linhas, pois me dei conta de que aqui, pelas bandas do “reino encantado do Aquiry”, tá cheio de anarquista no governo, na prefeitura, na Assembléia Legislativa, na Câmara Municipal, no MPE, no judiciário, no Conselho de Transporte Público, no meio empresarial, na Polícia Militar e por aí vai. Os caras não cumprem a lei, meu! E isso é coisa de anarquista! Subvertem a lei, não aceitam lei nenhuma, não aplicam e nem respeitam lei alguma! Basta darmos uma olhadinha no que têm sido as aberrações dos constantes aumentos de tarifas de ônibus nesta capital, da história muito mal contada do leite superfaturado, desse papo de fumaça andarilha, que todo ano sai da Bolívia e de Rondônia e vem encher nossos pulmões e nos adoecer.

A Constituição Federal é jogada na lata do lixo toda hora. Se fazem isso com a Carta Magna imaginem o que não fazem com a Lei Orgânica do Município de Rio Branco, com as leis estaduais e municipais, enfim, com toda a legislação brasileira. Os caras somente respeitam e atendem aos seus interesses pessoais e eleitoreiros, bem como os acordos com os seus “financiadores”, a maioria, empresários sangue-suga do fabuloso negócio da madeira e do transporte coletivo.

Aí, em meio a essa patética “ordem” perfeita, entra em cena o surreal, protagonizado por uma “meia dúzia” (pelos dados da imprensa oficiosa) ou uns “vinte baderneiros” (como preferem outros das assessorias governamentais) que insistem em clamar pela aplicação da lei, estado de direito e coisas reacionárias desse gênero. É isso mesmo, os “baderneiros” destes confins amazônicos, saem às ruas clamando para que a lei seja aplicada. Voltamos ao pré-liberalismo, ou melhor, ainda nem chegamos às teses rousseaunianas, pois os pretensiosos badecos que nos representam (sic) na Câmara Federal batem no peito pra dizer que foram eleitos pra defender o governo e que “juntos fazem mais pela gente”. Nada mais paradoxal.

É, não restam dúvidas, são todos anarquistas mesmo! É isso aí, chegamos lá: as teses de Proudhon e Bakunin são seguidas à risca por essa turma que, envolta no cinismo e na intolerância em relação a liberdade de pensamento e manifestação, entoam como lema, nos quatro cantos do Acre, a máxima: “se existe estado de direito nós o burlaremos”. Desse modo, resta-nos ressalvar um vida longa ao anarquismo e um abaixo os “baderneiros” que reivindicam a aplicação da lei, essa coisa “estranha” e “monstruosa” que, no Brasil, continua sendo pra inglês ver.

Rio Branco – AC, 18 de agosto de 2007.

Gerson Albuquerque

Professor da UFAC e “baderneiro”.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Cansei do Cansei

Era Lula

O velho Tácio

No início do ano, o governador Binho Marques declarou que o responsável pelo Programa Luz Para Todos, no estado do Acre seria comandado pelo historiador Tácio de Brito, mas em algumas divulgações oficiais aparece o nome do geógrafo Cléber Peres como detentor do pepino, digo, da pasta. Leia mais
Não é a primeira vez que o bom Tácio tem seu nome "esquecido" por seus pares. Em 2002, quando foi candidato a deputado federal pelo PT, teve seu nome registrado "errado" pelos encarregados, no partido, de fazer as inscrições junto ao TSE.
Todo mundo em Rio Branco e todo o Acre conhece o trabalho e o nome de Tácio de Brito. Toda sua campanha foi focada em seu nome/marca Tácio, e assim produzida uma gama enorme de material de divulgação. Tudo em vão. Prejuizo. Balsa.
Como é que o eleitor poderia saber que Brito, como fora registrado, e seria o nome que apareceria na urna eletrônica, referia-se ao mesmo candidato? Porque que alguém dentro do partido, que sabia que ninguém sabe quem é Brito, mas Tácio, teria posto o segundo nome para registro? Mas é isso. Muita luz pra você, grande Tácio, mano véi de guerra.

A filha do ministro

Se eu dissesse: "Ah, essa manteiga no meu pão!", seria um trocadilho tão infame assim?

Vôa, Valtemir, vôa!

O futebol brasileiro perdeu nesta quarta-feira, o goleiro Valtemir Pereira. Aos 39 anos, o jogador do Andirá faleceu na UTI da Fundação Hospital do Acre, na capital acreana, vitima de meningite aguda.

Anjo Negro, como era conhecido, ficou famoso no pais inteiro, em 1997, quando tentava defender o Rio Branco de uma goleada do Flamengo. Naquele jogo, Valtemir entrou para a história do futebol brasileiro ao meter uma pisa no árbitro mineiro Klever Assunção. (Leia aqui)

Segundo Valtemir, a atitude estabanada foi originada pelas expressões nada lisonjeiras e até preconceituosas por parte do juiz e do jogador Romário tais como: “Passa a bola, nego filho da puta!”.

Naquele tempo eu fazia marketing para o jornal Página 20, cujo apodo era Galinho bom de briga. Depois da franca pancadaria no Maracanã, por parte do Valtemir, me tornei seu fã, não pela feia atitude, mas porque o Valtemir, como bom acreano que era não trouxe desaforo pra casa.

O Flamengo, quando foi jogar em Rio Branco levou o time reserva como que humilhando a nobre Estrela Solitária. Tomou um couro de 2x1. Foi um jogão. Até a enorme torcida do Flamengo em Rio Branco ficou orgulhosa com o Estrelão.

Só que, no segundo jogo, o Mengão não quis arriscar e, em pleno Maraca, lotado até a tampa, com Romário e Cia. Ltda., sapecou 5x1 no time do Acre.

Depois da doidice do Valtemir e ao mesmo tempo uma lavada na alma dos acreanos sugeri ao Stélio, dono do jornal Página 20, que o contratasse como nosso garoto propaganda, afinal ele tornou-se na prática o que nós queríamos dizer com Galinho bom de briga.

Infelizmente não conseguimos contratá-lo, nem encontrá-lo. O cara ficou famoso de um momento para outro e não gostou muito daquela fama negativa, com razão, né? Aí sumiu do mapa, depois fez algumas outras besteiras como tentar se matar com um tiro no peito. Mas essa é outra história do Valtemir, depois a gente conta.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A Justiça

Ministério Público do Acre quer punir jornalista que reproduziu foto publicada no Orkut de garoto da classe média vandalizando monumento público. Conheça toda a história no Blog do Altino

Segura peão!

A repercussão é grande em torno da foto aí de cima. Leia tudo aqui.

Elvis, 30 anos

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Faltou a gelada

A gente vive uma democracia na qual se destaca principalmente para mim, como artista e jornalista, a liberdade de achar e dizer o que quiser de tudo o que a gente presta atenção no que os outros - notadamente as autoridades - fazem ou deixam de fazer. Lembram-se da alagação de 1988? Vieram donativos de tudo que é canto do país, não foi? Sabe o que as “autoridades” da época deram para os desabrigados? O dedo médio em riste. Foi isso o que eles deram e depois levaram os colchões, as telhas, as roupas... Enfim, você sabe, não é? Todo mundo sabe.

Hoje eu conversava com um piloto profissional do ramo de transportes alternativos, que me falava sobre seu compadre Chico Olegário, que se encontra agoniado, flagelado e devidamente abrigado no parque de exposições, juntamente com seus familiares e vizinhos. O Chico, de modo agradecido e, pasme, feliz com sua condição complicada e comovente, como bom acreano que é, capaz de tirar do aperreio e da tragédia o reconhecimento pelos esforços solidários, confidencia ao compadre sua satisfação com a ajuda humanitária.

- Cumpade, os home num tá de brincadeira, não. Pense num negoço organizado! Marrapaiz, tá melhor do que lá em casa! É todo dia de manhã, sempre na merma hora: café, leite com tódi pras criança, tapioca, pão passado com mantega – Tá pensado que é margarina, é? É não! É mantega mermo! Fruta, refresco... Uma ruma de coisa. Almoço reforçado. Um dia é bife, no outro é frango, no outro é peixe, verdura, aquele arrozim bem temperadim, aquele feijãozim no jeito. Precisa tu ver, manim!

-Depois, de tarde, tem brincadeira c’os minino. É circo, filme. Todo dia tem filme. Aí, depois vem a hora da merenda. Tudo bem ajeitadim. É refresco, bolacha, sanduiche de queijo. Rapaz, os home num brinca, não! De noite, a janta é reforçada também. É sopa boa, macarrão com carne moída, depois tem o cafezim. E tem as enfermeira, os médico, o Samu todo tempo ali, de plantão. O menino dá uma tossida, já tem uma mulher com o xarope. Eles num esqueceram de nada. Ali são organizado, ó! Tô pra ver um negoço desse!

-A situação da gente tá de lascar, mas, pra tu ver, parece que a gente tá é de férias, sabe? A gente sabe que vai miorá. Né possive, né? Depois que o rio vazar, vai miorá, sim. Assim, no começo da tarde, bem depois do almoço, da gente já ter dado uma cochilada, eu e os minino, meus colega do bairro se junta pra bater um dominozim debaixo duma mangueira enquanto as muié vão atrás de receber as roupas e os brinquedo que vão chegando nos caminhão do Exército e dur Bombeiro. Marrapaiz, é bom demais. Só é ruim porque os home, num traz uma cervejinha pra nóis moiá a palava.

E o Chico Olegário ri, ri como só os felizes conseguem. Acredito que nem todos os desabrigados sejam tão folgados como o compadre do meu amigo, mas, com certeza quem está nesta situação de completa dependência do poder público e da boa vontade dos outros, e recebe este apoio da forma tão bem descrita pelo Chico Olegário tem, de seu jeito simples, como forma de agradecimento a tudo, um sorriso inefável no rosto. Espero que o Chico tome uma atitude nobre e vá ajudar sua mulher na reconstrução de suas vidas e, com isso, merecer tomar uma gelada no fim do expediente.

O texto refere-se à enchente do Rio Acre ocorrida em 2006, no estado do Acre

Operação de guerra

O livro de bronze que compunha o monumento ao poeta Juvenal Antunes, em frente à entrada da Fundação de Cultura Elias Mansour, em Rio Branco-Ac foi trabalhosamente larapiado. O Ministério Público e a Secretaria de Segurança saem com a "operação de guerra" contra os vendedores ambulantes de produtos piratas. Leia mais

La hierba

Um brasileiro de 29 anos foi preso nesta semana na região metropolitana de Madri acusado de manter uma plantação de 800 pés de maconha em um terreno no vilarejo de Valdelaguna.

A descoberta da plantação do brasileiro teria sido feita com base na denúncia de vizinhos, que consideraram suspeitas as plantas no terreno cercado por muros altos e coberto por toldos.

Segundo a imprensa espanhola, o brasileiro vinha plantando maconha no local havia meses, contando com o fato de o vilarejo, de 740 habitantes, ter vegetação abundante para esconder seu cultivo. Estadão

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Protejam Juvenal

Força Nacional pra defender o Juvenal

É Pan, é porra, é pau!

Chama a Força Nacional!

Cadê o livro do Juvenal?

Chama a Força Nacional!

É bacanal, é, Juvenal?

Da Seis de Agosto até à Sobral

De maior vai pra cadeia,

De menor só paga meia.

Meia pisa, meio pau.

Cadê o livro, marginal?

Binho, troca a bandeira que tá mal

Isso não dá cartão postal.

Foi o Jorge ou o menino,

Foi o Binho ou o Juvenal.

Foi o Lula ou o Renan...

Ninguém sabe,

Mas alguém cagou o pau.

Cadê o livro do Juvenal?

Cadê a segurança na capital?

Gente sofrendo,

Gente se dando mal...

Sem Chapeuzinho,

Só lenhador e Lobo Mau.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Tempo de queimada no Acre

Frente Popular do Acre vive momentos de desabafo (e abafa) em Brasília e Rio Branco. É a democracia. Leia mais na coluna Poronga do jornal Página 20

Zip!

Calado! Líder do governo estadual do Acre, na Assembléia, Moisés Diniz (PC do B), vai ficar um bom período de boca fechada. Não é dieta, não é falta do que dizer é que ele sofreu uma intervenção cirúrgica na boca. Mas o bom comunista escreve muito bem e conhece a linguagem universal dos sinais, que eu sei. Pode até ficar sem falar, mas que vai fazer uma ruma de mugango pra se comunicar, isso vai. Página20

Bem sacado

Eu sempre gostei da publicidade institucional e de oportunidade. Este anúncio é uma criação da agência DPZ, em 2005, para campanha da Souza Cruz contra o trabalho infantil. Show de bola!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Encontro com a morte

"Estou com pressa, vou me encontrar com uma pessoa ciumenta."

Coordenador do DST-Aids no Acre teria sido estrangulado e jogado no rio
O corpo encontrado no final da tarde de ontem num igarapé que cruza a estrada do Quixadá na altura do quilômetros 14, é mesmo do coordenador do Programa Estadual DST/AIDS, Francisco Dantas. O corpo, despido, boiava no igarapé Piragi. A irmã do coordenador o reconheceu. Fonte

Em nota divulgada na noite de quarta-feira (08/08), o Programa Nacional de DST/Aids (PN) lamentou a morte de Francisco Dantas e reconheceu “a grande liderança” que o ativista teve na defesa da cidadania e dos direitos humanos. Luta que, na avaliação do PN, “ultrapassou as fronteiras do Acre.” Abaixo, o texto na íntegra. Fonte

Em nome de todos os funcionários do Programa Nacional de DST/Aids, lamentamos profundamente informar o falecimento do nosso amigo e companheiro Francisco Dantas, coordenador do Programa Estadual de DST/Aids do Acre. Reconhecemos a grande liderança que o Chico Dantas teve na luta em defesa da cidadania plena e dos direitos humanos, luta esta que ultrapassou as fronteiras do Acre, na sua atuação como gestor e também como ativista. Lamentamos a violência de que foi vítima e estendemos a nossa solidariedade à sua família e amigos.

Quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Mariângela Galvão Simão – Diretora do Programa Nacional de DST/Aids Leia mais

Quebra de sigilo

Agora poderemos ver aonde o Renan investiu.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Canteiro

Muito alto

Astronautas bêbados foram ao espaço
A Nasa disse que pretende investigar os casos. "Entrevistas com médicos de vôo e astronautas identificaram alguns episódios de uso pesado de álcool por astronautas no período imediatamente pré-vôo, o que levou a preocupações quanto à segurança de vôo", afirmou o relatório, elaborado por uma comissão que avaliou a saúde dos astronautas. Leia mais no portal Terra

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

domingo, 5 de agosto de 2007

O fazendeiro Leandrius Bocão

O fazendeiro Leandrius Bocão fez uma pergunta e ao mesmo tempo uma declaração no blog do jornalista Altino Machado. Ele disse: (SIC) “- Porque todos voces, que defendem tanto essa maldita floresta que tanto traz o atraso do Acre, não mostram como ganhar dinheiro com esta porcaria? Em vez de ganhar dinheiro com boi, por favor, eu peço que me mostrem como progredir com a ajuda desta tal florestania.”

Ao contrário de uma resposta objetiva, tal qual foi a pergunta, com certo tom de desabafo, Leandrius obteve comentários irônicos, pejorativos e até agressivos e preconceituosos referentes à sua compleição física, seu modo de vida e de pensar por parte de alguns freqüentadores do blog do Altino, um dos maiores, senão o maior canal de debates democráticos da Internet sobre política ambiental amazônica.

Leandrius Bocão não merece toda essa agressividade e preconceito. Afinal o jovem fazendeiro, que parece ser gente fina (sem trocadilho), dentro de sua realidade sente-se ofendido e vilipendiado por sua maneira de ganhar a vida e contra-ataca o alvo errado, a floresta. É difícil crer que alguém sinta mais ódio de uma árvore do que de outro ser humano que venha de encontro aos seus interesses ou critique sua aparência e seu jeito de viver.

O Leandrius quer ganhar dinheiro e progredir com os bois ou com a floresta que estão em cima de seu pasto. Na verdade o Leandrius quer participar e saber do que se trata esse tal desenvolvimento sustentável de que tanto falam os ambientalistas, cientistas, jornalistas e políticos de ocasião. Do que se trata essa coisa que envolve o não desmatamento e ainda dá lucro? O Leandrius quer saber!

Talvez o Leandrius Bocão queira saber também onde tem leilão de madeira de lei, onde vender plantas exóticas da Amazônia, qual laboratório estrangeiro compra sapos vanenosos, insetos, plantas e outros tipos de criaturas que infestam o seu curral. O Leandrius quer aprender como fazer dinheiro com o que ele tem em suas terras além do gado. Ele está certo ou errado?

Enquanto o Leandrius, como muitos outros que pensam como ele, não obtiver um esclarecimento sem jargões esquerdistas, sem preconceitos primitivos e sem criticas ao seu modus vivendi ele vai continuar odiando a floresta, seus defensores e tudo que lhes diz respeito. Afinal, como ser a favor e defender aquilo que lhe impede de ganhar a vida sem te dar alternativas verdadeiramente compensadoras?

O Leandrius fez o comentário e a pergunta dele de forma sincera, objetiva e corajosa assinando em baixo e dando a cara a tapa. O Leandrius Bocão merece respeito e uma resposta tão simples e direta quanto ele, sem rodeios (com trocadilho).

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Ovo podre

Jornal EXTRA é vetado na TV Globo

MARCELO TAVELA Um ovo podre acertou em cheio as Organizações Globo. O diário Extra, editado pelo Infoglobo, trouxe na quinta-feira (02/08) reportagem de primeira página sobre um vídeo com grupo de personalidades cariocas que gostam de atirar ovos nos passantes. Entre os que dão depoimento está Boninho, diretor do Big Brother Brasil, reality show da TV Globo. Após a publicação, os profissionais do Extra foram vetados na Globo. Leia mais no Blog do Altino

Também cansei! IV

Metáforas

E o grande metaforista, rei das figuras de linguagem, mestre dos tropos e da semântica disse que a crise aérea "é uma doença com metástase que o paciente não sabe que tem", para alegar que o governo não sabia da gravidade da situação da aviação comercial brasileira.
Presidente, não é só no ar que a "caixa tá preta", não. Debaixo da terra também. Em buraco de metrô, tatu caminha dentro. Ontem os paulistanos não puderam ver a novela, por falta de trem pra voltar pra casa.

Também cansei! III

Também cansei! II

Presidente Lula compara crise aérea a um cachorro com muitos donos. O presidente fica cada vez mais conhecido como o homem das metáforas e bolas fora.

Também cansei!

Dondocas e descolados da "raite soçaite" cansaram de ficar parados e resolveram reclamar também. Não têm do que reclamar, mas que é chic, é! Primos, vocês são ótimos!